Serenados os ânimos e com a razão e o bom senso voltando a prevalecer na ordem do dia, o presidente da ABCAM, Sr. José da Fonseca Lopes, após exaustivas conversas com todos os presidentes das Federações associadas (Sr. Aron Ohana, presidente da FECANORTE; Sr. Antônio Vander Silva Reis, presidente da FECAM-MG; Sr. Gilmar Ferreira de Carvalho, presidente da FETRAMIG; Sr. Antônio Vitaliano de Oliveira, presidente da FECAM-RJ; Sr. Eder Dal’lago, presidente da FECAM-RS, Sr. Francisco Biazotto, presidente da FECAM-SC e Sr. Claudinei Natal Pelegrini, presidente da FECAM-SP) decidiu retroceder de seu tom mais enérgico para uma posição mais conciliatória; aliás, que sempre foi, historicamente, a posição defendida pela entidade, por ele e seus pares.

Em meio ao frenesi das paralizações e ao desencontro total de informações, com o vácuo de um comando que respondesse pelos grevistas, gerando falsas lideranças, e outros se arvorando em representantes da categoria nas negociações com o Governo, o que se viu foi a elaboração de uma proposta que, apesar de, sem dúvida, avançar em conquistas e evidenciar o esforço do Governo, resultou em mais descontentamento e desesperança por parte dos caminhoneiros autônomos.

Nessa hora, após o término da reunião, tentamos nos reunir com o Governo e enviamos várias sinalizações e correspondências aos seus representantes e da voz das estradas; porém sem sucesso.

Talvez ainda assim, apesar da frustração do momento, vendo a situação se agravar e os caminhoneiros sofrendo às margens das rodovias, devêssemos ter buscado com mais afinco uma aproximação mais efetiva com o Governo, com a Casa Civil e com os Ministérios, como entidade realmente representativa dos caminhoneiros autônomos, como somos e o Governo bem o sabe, a fim de colocar na mesa todo o desespero de uma categoria que está vendo, dia-a-dia, sua capacidade de provimento, pessoal e familiar, acabar-se.

Talvez fosse a hora de refrear os ânimos e não julgar.

Confesso que erramos e, por isso, retrocedemos na busca de entendimento, respeito, dignidade e melhores condições de trabalho e vida.

Esperamos que nossos interlocutores continuem com a mente e a mesa de negociações abertas, além de dispostos a avançar, sempre, na direção correta.

Os caminhoneiros autônomos merecem essa consideração.

José da Fonseca Lopes
Presidente

Consulte no Transvias: ABCAM -Associação Brasileira dos Caminhoneiros

Fonte: ABCAM – Associação Brasileira dos Caminhoneiros