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Pesquisa evidencia pressão dos embarcadores para baixar fretes na carga fracionada

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O Portal Transporta Brasil teve acesso, com exclusividade, à pesquisa realizada pela GKO Informática e pela consultoria RC Sollis, sobre a visão dos embarcadores de cargas no Brasil em 2015. A GKO é uma tradicional fornecedora de tecnologia e sistemas para embarcadores e gestão de transporte de cargas e logística.

O levantamento, realizado no primeiro trimestre deste ano, envolve um universo que agrega mais de 30% do mercado de cargas fracionadas no Brasil. O recorte da pesquisa reúne embarcadores, em sua maioria indústrias (79%), que, juntos, faturam anualmente R$ 170 bilhões e contratam R$ 3,5 bilhões em fretes, movimentando mais de 8 milhões de toneladas de cargas anualmente.

“A média do preço por quilo de toda esta mercadoria transportada, de R$ 21,00, demonstra um mercado de carga de alto valor agregado, em boa parte explicado pelos 27% dos embarcadores presentes no universo pesquisado serem indústrias farmacêuticas e de cosméticos e produtos de beleza”, diz o escopo da pesquisa, enviado à nossa redação.

O estudo traz algumas sinalizações do mercado de transporte de cargas fracionadas e revela o que os embarcadores pensam e querem fazer em respeito às transportadoras que contratam para fazer sua distribuição de produtos. Segundo a pesquisa, 95% dos embarcadores querem reduzir o custo com transportes, travando uma verdadeira queda de braço com os transportadores, que já estão com seus custos e tarifas no limite da viabilidade das operações. Dentre estes, 31% pretendem reduzir até 10% seu desembolso com transportes e 9% querem cortar até 20% de sua conta com transportes.

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O que os embarcadores querem de suas transportadoras?

Segundo a GKO, um dos objetivos da pesquisa é saber o que o embarcador quer de seu transportador, traduzindo os anseios dos clientes a respeito da prestação de serviços em transportes. Para isso, os embarcadores foram perguntados sobre quais seriam as três características mais desejadas em uma transportadora, em resposta livre. Apesar da pergunta aberta, houve pouca dispersão nas respostas e apareceram as quatro principais características, em ordem de importância: prazo de entrega, preço, informações sobre a carga e qualidade dos serviços.

” São três características muito concretas (prazo, preço e informação) e uma subjetiva (qualidade). Chama a atenção que o prazo de entrega estivesse como característica mais importante que o preço. À primeira vista poderíamos supor que, como as respostas foram dadas pelos times de Logística e não de Compras/Suprimentos, seria natural que se privilegiasse o nível de serviço e não preço como principal característica. Todavia, essa suposição cai por terra quando vemos que as respostas da enquete foram dadas principalmente por Gerentes e Diretores de Logística responsáveis pelos orçamentos de suas áreas, ou seja tanto por preço pago como pelo nível de serviço (prazo). Assim, fica mais fácil admitir que a escolha de uma transportadora leva em questão sua capacidade de cumprir Prazo de Entrega necessário, para depois, entre as empresas capazes de cumprir tal meta, se escolha a de menor preço”, diz o texto da pesquisa.

O que os contratantes pensam sobre as empresas de transporte?

Principais Problemas relatados pelos embarcadores

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Outra pergunta crucial para os embarcadores foi: quais são os três principais problemas que está enfrentando com suas atuais transportadoras? Na resposta, novamente apareceram os pontos mais críticos das relações entre os contratantes e os prestadores de serviços, como o preço do frete (41%), a confiabilidade no prazo de entrega (56%), as oscilações na qualidade dos serviços ao longo do ano (58%), e a falta de informações sobre o posicionamento da carga (64%).

Queda de braço

Evidenciando que 95% dos embarcadores pretendem cortar custos com transporte em 2015, a pesquisa prevê uma verdadeira luta entre os contratantes e os transportadores: ” (…) os embarcadores pretendem travar uma queda de braço com os transportadores em busca de uma redução tarifária nominal. Se por um lado esse objetivo pode ser facilitado pelo ambiente de queda de consumo e redução da produção com o consequente decréscimo de demanda por transportes, por outro há os transportadores pressionados pelos aumentos de custo inerentes ao setor – seja pelo aumento do diesel e dos derivados de petróleo, pelo dissídio sobre a folha de pessoal, ou o aumento dos custos gerados pela lei dos motoristas, além da própria escalada geral da inflação. Tudo isso nos faz esperar um embate duro por preço em 2015 entre embarcadores e transportadores”, finaliza o texto da pesquisa.

E quem vai ganhar esta queda de braço? Este embate é bom para o transporte brasileiro?

Fonte: Portal Transporta Brasil


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