A precariedade das rodovias por onde é escoada a safra brasileira fica evidente nesta época, quando é maior o fluxo de caminhões transportando grãos.
Em Mato Grosso, principal estado produtor na safra de verão, as condições das estradas estão atrapalahndo o escoamento da safra de grãos.
O motorista Mário Marques de Almeida Júnior sai de Brasnorte, no norte do estado, com 37 toneladas de soja, que serão entregues em Rondonópolis. Até o armazém onde a soja vai ser descarregada, no sul do estado, são 450 quilômetros. Boa parte da MT-358 está mal conservada.
Os agricultores de Campo Novo do Parecis e Sapezal, dois importantes municípios produtores de grãos, são os que mais usam essa rodovia. Com o começo da safra, o movimento de caminhões aumenta e os obstáculos enfrentados para escoar a produção são muitos.
“Se você descer no acostamento par adesviar do buraco, você tomba”, conta Mário, que é caminhoneiro há 40 anos e trabalha atualmente para uma transportadora. Ele recebe R$ 4 por quilômetro rodado. No fim do mês, o motorista ganha R$ 2 mil, em média. Com a troca de peças e manutenção do caminhão, a transportadora gasta outros R$ 2 mil por mês.
Outros caminhoneiros também reclamam da buraqueira. “Quantos pais de família não correm risco de perder a vida em uma situação como essa? Quantos pneus não estouram por aqui?”, diz o motorista Florisvaldo Raimundo.
A Secretaria de Transportes de Mato Grosso informa que realiza a Operação Tapa Buracos com frequência na rodovia, mas a chuva intensa nessa época do ano atrapalha os trabalhos.
A restauração definitiva da MT-358 deve ocorrer quando terminar o período chuvoso, geralmente depois de março. Além disso, a Secretaria informa que o governo deve começar o processo de licitação para privatizar a estrada até o dia 15 deste mês.
Fonte: Expresso MT e Globo Rural
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