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Roubo de carga sobe no Vale do Paraíba em 2013, aponta SSP

fevereiro 10, 2014 Tags: , ,

Assaltos-na-Dutra-SJC

O roubo de cargas registrou aumento de 25% em 2013 no Vale do Paraíba – foram 105 casos no ano passado contra 84 ocorrências em 2012, segundo estatística da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Principal eixo de escoamento de mercadorias do país, os assaltos na Via Dutra correspondem a pelo menos 84,7% do total de casos na região e põe em alerta a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O levantamento dos casos especificamente na rodovia foi feito pela polícia a pedido do G1. O trecho com o maior número de ocorrência no ano passado foi o da Delegacia de São José dos Campos, com 82 ocorrências apenas no trecho de 30 quilômetros entre Jacareí e Santa Isabel, na região do Alto Tietê. A PRF não incluiu São José na contabilização dos casos e estima que tenham ocorrido cerca de cinco ocorrências do tipo no trecho em 2013.

A região de São José é a mais movimentada da Dutra no Vale, com estimativa diária de tráfego de 50 mil veículos de carga. Na região de Jacareí são registradas quase a metade das ocorrências de roubo de carga no Estado, segundo a PRF. A explicação da polícia é o perfil geográfico da área – entroncamento de três rodovias: Dutra, Dom Pedro 1º e Carvalho Pinto, fator que amplia as possibilidades de rota de fuga às quadrilhas.

No trecho de Pindamonhangaba foram quatro roubos a carga no ano passado, dois deles no primeiro semestre e outros dois no dia 28 de setembro. Em dois destes assaltos a mercadoria foi recuperada. Pelo trecho trafegam em média 15 mil caminhões por dia.

O trecho entre Cachoeira Paulista e Queluz contabilizou apenas três ocorrências em 2013, e em duas delas a abordagem dos criminosos foi feita com o veículo em movimento. Uma das cargas roubadas era de material de informática.

Perfil

Segundo o inspetor Samuel Freire, da base da PRF em São José, a maioria das ocorrências são concentradas no período entre 19h e 0h. Entre as cargas mais visadas pelos assaltantes estão alimentos como arroz, carne, bebida, medicamentos, cigarro, combustível, pneu e eletrônicos. As abordagens aos motoristas são feitas em postos de combustíveis e até mesmo com os caminhões em movimento.

Ele explicou que o desafio da polícia no combate ao crime, são os casos em que os motoristas ou transportadoras se associam aos criminosos. “Estimamos que cerca de 30% dos casos não são genuínos, ou seja, são motoristas recrutados pelos criminosos para forjar o assalto ou transportadoras que simulam o roubo para fraudar as seguradoras. É um índice alto e que dificulta o nosso trabalho. Nossa meta é reduzir a zero essas ocorrências de roubo de carga”, disse ao G1.

A recomendação aos motoristas é que as paradas durante a viagem sejam feitas em locais iluminados e com segurança, como é o caso dos postos de combustível e que não parem quando abordados durante a viagem sendo informados por estranhos sobre problemas no veículo.
Para combater a ação dos criminosos, a PRF tem intensificado as rondas na rodovia, com atuação em horários específicos para inibir as ações criminosas.

Consequência

Segundo Laércio Lourenço, presidente do sindicato que representa as empresas transportadoras de carga no Vale (Sindivapa), o aumento das ocorrências eleva o preço do frete dos produtos. “Sabemos que esse aumento ocorreu em todo o Estado, não apenas aqui e isso é um problema. Tem motorista que já se recusa a transportar carga de risco e esse é um dos fatopres que torna o frete até 20% mais caro”, disse Lourenço. Ele acredita que o trabalho da PRF tem sido satisfatório. “Acho que os índices poderiam ser maiores”, concluiu.

Fonte: TV Vanguarda via Portal de Notícias G1


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