Dados da Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística) apontam que o déficit de profissionais para trabalhar no setor de cargas chegue a 100 mil profissionais. Preocupado com a falta de mão de obra qualificada no transporte, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar) está recrutando motoristas da Colômbia – dez profissionais já estão atuando no Brasil.
“Muitos dutos de petróleo foram instalados da Colômbia e o produto deixou de ser transportado por caminhões, o que deixou mão de obra disponível para o setor rodoviário de cargas. Nós trouxemos um instrutor colombiano para fazer um curso de reciclagem de motoristas em nosso instituto e, quando ele voltou ao país de origem, divulgou a oportunidade entre os colegas”, explica à Agência CNT de Notícias o presidente do Setcepar, Gilberto Cantú.
Segundo Cantú, 50 condutores colombianos devem começar a trabalhar no Brasil nos próximos três meses e mais de 200 currículos foram recebidos. “Nós trocamos a carteira e fazemos todo o processo burocrático para legalizar a situação dos motoristas no país”, destaca. Eles também passam por um treinamento no Setcepar com orientações, por exemplo, sobre direção defensiva, legislação e primeiros socorros, além de aulas práticas com um caminhão na região de Curitiba.
Cantú afirma que a grande demanda por mão de obra de obra – só no Paraná, a estimativa é que faltem cinco mil profissionais – também está ligada à aposentadoria dos motoristas e à falta de interesse dos jovens pela carreira. “Somos bastante cobrados pelas empresas associadas. Não há uma reposição no quadro de empregados”, explica.
O dirigente do Setcepar garante que as empresas estão satisfeitas com as contratações. “Elas avaliam a iniciativa como positiva. Os transportadores estão investindo em razão da competência e seriedade que os profissionais colombianos estão demonstrando”, afirmou Cantú. De acordo com ele, os motoristas são responsáveis, experientes e, como estão morando em outro país, querem fazer o melhor trabalho possível.
Fonte: Agência CNT
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