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Vendas de caminhões caem no primeiro bimestre de 2014

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Como já era esperado, o setor de pesados encerrou o primeiro bimestre de 2013 sem conseguir se recuperar do trauma gerado pela demora na regulamentação da nova taxa do Finame PSI, linha de financiamento do BNDES que atende mais de 90% dos caminhões produzidos no País. O impasse travou os contratos para aquisições de bens de capital até 26 de janeiro. Com apenas quatro dias de PSI no primeiro mês, foram vendidos 21,2 mil caminhões no bimestre, o que representa queda de 3,9% sobre o mesmo intervalo de 2013. O segmento que mais teve retração no bimestre foi o de leves, na ordem de 29,2%. Os números foram apresentados pela Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, na terça-feira, 11.

Somente em fevereiro, foram licenciados 10,4 mil caminhões, volume 4,7% maior do que o observado no mesmo mês do ano passado. Luiz Moraes, vice-presidente da Anfavea e diretor de relações institucionais, assuntos corporativos e comunicação da Mercedes-Benz, diz que o crescimento está sendo impulsionado pela atrativa taxa de 6% do PSI, mas também por avanço do PIB, do agronegócio e de obras de infraestrutura no País. “Acreditamos que teremos um 2014 bom para o segmento de caminhões”, pontuou o executivo.

Este otimismo, segundo Moraes, é reflexo de uma possível renovação da frota de caminhões em todo País. A Anfavea entregou proposta ao governo, que deverá ser implementada entre março e abril deste ano: “A expectativa é de que sejam renovados anualmente 30 mil caminhões com o programa. Poderão ser economizados R$ 5 bilhões a cada ano, valor que tem sido gasto por causa de acidentes e de problemas de manutenção gerados por caminhões com mais de 10 anos de circulação.”

Produção e Exportação

Moraes diz que as fabricantes de pesados, em geral, temem a queda das exportações para Argentina, que, diante de crise, limitou os volumes de veículos a serem embarcados em 2014. “75% dos caminhões exportados pelo Brasil atualmente são para Argentina”, comenta. Mas, por enquanto, as limitações do parceiro ainda não foram sentidas pelo setor. No bimestre, foram exportados 3,1 mil caminhões brasileiros, alta de 24,9% sobre o mesmo período de 2013. Desse total, 1,9 mil foram enviados em fevereiro, em alta de 82,8% sobre igual mês do ano passado e de 57,3% sobre janeiro último.

A produção de pesados também não sentiu impacto dos impasses no mercado interno e argentino. Com 28,7 mil unidades fabricadas no bimestre, houve alta de 8,9%. Dessas, pouco mais de 15 mil foram montadas em fevereiro, acréscimo de 8,5% sobre o mesmo mês de 2013. Dentre os segmentos, o de leves foi o que mais teve crescimento no bimestre, de 50,4%, para 6 mil unidades montadas. Moraes diz que não houve um fator relevante que motivasse este avanço, que ele analisa como pontual.

Ônibus

Por causa da demora da regulamentação do PSI/Finame, o segmento de ônibus também anotou queda dos licenciamentos no bimestre, de 1,8%, para 4,49 mil unidades. Foram licenciados 2,7 mil chassis de ônibus no último mês, o que representa alta de 58,1% de janeiro para fevereiro e de 14,2% na comparação anual. A produção atingiu 6,1 mil unidades no bimestre, em queda de 0,4% sobre o ano passado. Ainda segundo dados da Anfavea, foram exportados 939 chassis em janeiro e fevereiro, 0,7% a menos do que em 2013.

Veja o relatório na íntegra:

Fonte: Portal de Notícias Automotive Business


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