Transportadoras de carga do Paraná estão contratando caminhoneiros da Colômbia devido à falta de mão de obra do setor.
Leonardo Martin Pachon é recém-chegado. Ele deixou a Colômbia para assumir a boleia de um caminhão. O trabalho é numa transportadora na Região Metropolitana de Curitiba. “É um sacrifício grande deixar a família, os irmãos e os pais”, conta o motorista colombiano.
Ele não é o único que aproveita a oportunidade de trabalhar numa função em que o Brasil enfrenta escassez de mão de obra. Há, pelo menos, 250 profissionais de países da América do Sul interessados nessa chance no Paraná. Tem vaga e não é só no estado paranaense. “Nós temos filiais no sul, sudeste e temos dificuldades em toda a região de conseguir motoristas”, diz Marcos Battistela, dono de uma transportadora.
As transportadoras pagam, em média, 30% a mais do que na Colômbia. No fim do mês, dá cerca de R$ 4 mil reais, sem contar os benefícios. Além disso, no Brasil, sobra trabalho. “Historicamente, os filhos dos motoristas se tornavam motoristas profissionais. Já, de muitos anos para cá, isso não vem ocorrendo. Então, gerou esse déficit e a economia vai crescendo também”, aponta Gilberto Cantú, presidente do Sindicato das
Empresas Transportadoras de Cargas do Paraná
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística diz que o déficit de motoristas no Brasil é de 13% da frota nacional. São cerca de 100 mil profissionais a menos no mercado. Por isso, quem vem de fora precisa receber treinamento rápido e começar a trabalhar.
O caminhoneiro Ricardo Camacho acabou de fazer o treinamento, que inclui aulas práticas e de legislação brasileira. Ele está ansioso para ir para a estrada. “Aqui estou, vamos aproveitar ao máximo”, ele diz.
Dirigir o caminhão eles já aprenderam. Agora a comunicação com o chefe, essa ainda tem um longo caminho pela frente. “Estamos nos entendendo”, fala rindo Anderson Luiz das Virgens, gerente de manutenção.
Veja a reportagem na íntegra:
Fonte: Jornal da Globo via Portal de Notícias G1 (Rede Globo)
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