O valor do frete para transportar cargas na região de Campinas (SP) está de 8% a 12% mais caro, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas (Sindicamp). A alta no preço se deve aos investimentos necessários para reduzir os prejuízos referentes aos roubos de cargas.
Nos quatro primeiros meses deste ano foram registradas 53 ocorrências desse crime na Região Metropolitana da cidade, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP) nesta segunda-feira (25). No mesmo período do ano passado foram 50. No entanto, o mês de maio sozinho acumula 19 casos envolvendo cargas roubadas, segundo um levantamento feito pelo G1.
Nesta terça-feira (26) a polícia localizou mais um caminhão que transportava carga e foi roubado. De acordo com o boletim de ocorrência, o crime aconteceu em Campinas e os ladrões levaram uma carga de bebidas avaliada em R$ 51,9 mil. O veículo foi encontrado vazio em Piracicaba (SP).
Investimentos
Domingos Sávio Barbosa, gerente executivo do Sindicamp, informou que, para inibir a ação de quadrilhas nas rodovias e invasões, as empresas estão gastando mais com sistema de monitoramento, gerenciamento de risco, aumento na escolta, localizador extra, mudanças nos horários, monitoramento interno e reforço nas portarias.
“Antigamente fazia-se transferências à noite, hoje os transportes têm sido feitos durante o dia, principalmente de eletroeletrônicos. Se for noturno, precisa ser autorizado em contrato. Os outros tipos de cargas tiveram investimentos em outros fatores, como equipamentos de segurança”, explica.
Cargas mais visadas
Barbosa destaca que as cargas mais visadas são eletroeletrônicos e medicamentos, que costumam ter escolta, além de alimentos, como carnes café e chocolate, que não têm como hábito praticar escolta.
“Esses caminhões tem monitoramento, gerenciamento de risco, localizador. Escolta é muito caro para essa área”, afirma.
Mais reajustes
Além do reajuste que já está vigorando nas transportadoras, o Sindicamp prevê que o valor do frete fique ainda mais caro por causa do dissídio da categoria (a data base foi 1º de maio), além de aumento nos benefícios, como refeições e pernoite.
A estimativa é que o reajuste total seja de no mínimo 15%. Segundo Barbosa, a variação também agrega os aumentos na tarifa de energia e no preço dos combustíveis.
Fonte: EPTV via Portal de Notícias G1
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