O Porto de Santos conta com um aliado para agilizar o transporte das mercadorias durante o escoamento da safra agrícola. Trata-se da hidrovia Tietê-Paraná, que é considerada a mais desenvolvida do País e tem um papel importante no transporte de cargas, principalmente granéis sólidos de origem vegetal, entre as regiões produtoras e o cais santista.
Administrada pelo Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH), a infra-estrutura da hidrovia Tietê-Paraná integra as regiões produtoras de grãos, cana-de-açúcar e etanol do Oeste de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul ao alto do Tietê. São 1.653 quilômetros de vias navegáveis, interligando cinco estados brasileiros. Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo são cortados pela Tietê-Paraná.
No trecho paulista, a hidrovia possui 800 quilômetros de vias navegáveis, dez reservatórios, dez barragens, 23 pontes, 19 estaleiros e 30 terminais intermodais de cargas. Nela chegam a ser transportadas 6 milhões de cargas por ano. A principal mercadoria que passa pela hidrovia é safra de soja de Mato Grosso e Goiás com destino ao Porto de Santos.
A maioria das cargas que chegam ao cais santista são desembarcadas em Pederneiras (SP), e seguem até o Porto de Santos através de trem. O transporte hidroviário é mais econômico do que o rodoviário, o mais difundido no País.
A via sofre com a interrupção da navegação desde o ano passado, quando o transporte de cargas foi suspenso devido à redução de seus níveis de água, Esta é consequência da estiagem que atingiu a região Sudeste no ano passado.
A interrupção da navegação na hidrovia Tietê-Paraná, há mais de um ano, gerou prejuízos para os transportadores de cerca de R$ 700 milhões. Os valores são referentes aos 7 milhões de toneladas de mercadorias, que deixaram de ser movimentadas pela via de navegação no período.
A hidrovia deve ser reaberta, no trecho paulista, neste semestre. No início do ano foi anunciado um pacote de obras para ampliar a capacidade de transporte da via, deve ser investido na hidrovia cerca de R$ 2,1 bilhões pelos governos Federal e Estadual.
Fonte: Portal de Notícias Online A Tribuna
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