O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) e o assessor parlamentar Jonas Antunes Lima — alvos da PF na operação Registro Espúrio, junto com o ministro do Trabalho, Helton Yomura — são conhecidos na Esplanada pelo lobby intransigente em favor dos donos de transportadoras. No sétimo mandato na Câmara, Marquezelli é também um dos maiores exportadores de suco de laranja no país.
Em abril de 2014, o Correio Braziliense flagrou — em vídeos e fotos — um grupo de 30 pessoas recebendo notas de R$ 20 e R$ 50 para ocupar as galerias da Câmara em defesa de projeto de ampliação da jornada de caminhoneiros.
Conforme a reportagem da época, o repasse do dinheiro havia começado na chapelaria do Congresso, de onde o grupo se dirigiu ao gabinete de Marquezelli, de número 920, no 9º andar do Anexo IV da Câmara — a mesma sala onde ocorreu ontem a busca e apreensão de documentos pela Polícia Federal.
As ações de Marquezelli e do assessor Jonas Antunes Lima no Congresso e no Planalto já transformaram um simples projeto de lei de três artigos em um monstrengo de 69 páginas, boa parte delas com medidas de alto impacto nos custos dos transportes e no Tesouro. Uma dupla para lá de explosiva.
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