Após lobby, caminhoneiros e motoristas viram prioridade e serão vacinados antes. Em meio a rumores de greve, governo sinaliza com imunização de 2 milhões e faz promessas na área de infraestrutura
Apesar de minimizar as chances de greve dos caminhoneiros no início de fevereiro, o governo federal cedeu a uma série de itens da pauta de reivindicações dos profissionais de transporte.
Uma das promessas é, por exemplo, a inclusão da categoria no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19.
Excluídos do primeiro plano de vacinação do Ministério da Saúde apresentado ao STF (Supremo Tribunal Federal), trabalhadores do transporte coletivo e transportadores rodoviários de carga foram incluídos na segunda versão apresentada em 16 de dezembro.
Nesta semana, um novo informe técnico especificou que fazem parte do transporte coletivo rodoviário motoristas e cobradores, incluídos os profissionais que percorrem um longo trajeto.
Além disso, a pasta acrescentou trabalhadores portuários —até mesmo da área administrativa—, funcionários de companhias aéreas nacionais, funcionários de empresas metroferroviárias de passageiros e de cargas e funcionários de empresas brasileiras de navegação.
A reportagem apurou que tem ocorrido intensas negociações do setor com o Ministério da Saúde desde dezembro. O Ministério da Infraestrutura também tem colaborado com as tratativas.
Segundo a CNT (Confederação Nacional do Transporte), a intenção é vacinar 2 milhões de pessoas do setor na fase quatro do grupo prioritário. Entretanto, a categoria aguarda confirmação e o cronograma de vacinação.
Ao serem incluídos no grupo prioritário, eles serão vacinados antes de pelo menos 100 milhões de brasileiros, que não constam de qualquer grupo prioritário.
Para o presidente da CNT, Vander Costa, as reivindicações do setor foram atendidas porque, em março de 2020, uma norma do governo considerou o serviço de transporte como essencial para o país.
“Esse é um reconhecimento da importância do trabalho que vem sendo desempenhado pelo setor, essencial para a manutenção das atividades de todo o país.”
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