O governo vai fazer uma rodada de negociações com os caminhoneiros nesta quarta-feira (25) em Brasília. Mas já mandou um recado aos líderes do movimento: não vai reduzir o preço do diesel. Na mesa de negociações está o aumento do preço do frete para compensar.
Mas o que contribui com o aumento no preço do frete é exatamente a alta de preço do diesel. Isso representa 40% do custo final. E em discussão está ainda a renegociação de dívidas contraídas pelos caminhoneiros. A Advocacia-Geral da União entrou com ações na Justiça de oito estados pedindo a liberação das pistas e punição para os responsáveis pelo movimento.
Em Minas Gerais, a Advocacia-Geral da União identificou líderes da manifestação. Fazem parte do movimento União Brasil Caminhoneiro, o mesmo que liderou a última grande paralisação no país em julho de 2012.
No total, a AGU entrou com ação na Justiça em oito estados pedindo o desbloqueio das vias e aplicação de multa em caso de desrespeito, inclusive para todos os caminhoneiros, onde lideranças não foram identificadas. À noite, a BR-040, saída para Brasília foi liberada.
“Direito a manifestação é previsto na Constituição. O que não pode ocorrer é um abuso desse direito, um uso excessivo desse direito, porque acaba gerando consequência para todo o resto da sociedade que necessita fazer o uso da via pública”, diz o procurador-geral da União Paulo Kuhn.
O governo decidiu receber representantes de entidades de caminhoneiros e empresários do setor nesta quarta-feira (25) em Brasília. Lideranças de autônomos e empregados tem uma lista de pedidos. Os que trabalham por conta própria querem a renegociação das dívidas dos financiamentos feitos para compra de caminhões.
Também querem uma política para redução do preço do diesel e melhoria do preço do frete. Vão sugerir uma tabela mínima de valores.
“Não é que o frete está ruim hoje por causa do óleo diesel. É que o frete, há mais de 5 anos, vem vindo cada dia. Aumenta o óleo diesel, aumenta tudo e o frete continua o mesmo”, reclama José Araújo Silva, da União Nacional dos Caminhoneiros.
O outro pedido é a sanção, sem vetos, da lei que assegura mais direitos para os empregados e garantias para os autônomos. Como a redução do valor do pedágio, quando o caminhão estiver descarregado.
O secretário-geral da presidência, Miguel Rossetto, deu o tom de como será a negociação. “Não está na pauta do governo a redução do preço do diesel nesse momento. Nós estamos confiantes de que com a agenda que estamos propondo que envolve refinanciamento do Pró-caminhoneiro, que envolve sanção e implementação da lei dos caminhoneiros aprovados recentemente pelo Congresso”, afirma
A Advocacia-Geral da União conseguiu liminar em cinco estados para liberar as pistas.
Veja a reportagem abaixo:
Fonte: Telejornal Bom Dia Brasil via Portal de Notícias G1
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