O Brasil nunca vendeu tanta soja para a China como agora. Só neste ano, 14,66 milhões de toneladas já foram embarcadas e também nomeadas, ou seja, confirmadas para embarque nos próximos meses. São 2 milhões de toneladas a mais que no mesmo período do ano passado.
E este comércio acontece não apenas porque a China deixou de comprar o grão dos Estados Unidos, mas porque a soja brasileira está mais competitiva no mercado internacional.
Só que este bom momento da commodity brasileira se depara com negociações, entre Estados Unidos e China, que podem resultar numa trégua comercial entre os dois países. Se o país asiático voltar a comprar a soja norte-americana, como ficará o produto e o produtor brasileiro?
Para o especialista em agronegócio, professor Marcos Fava Neves, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da Universidade de São Paulo (USP), em um primeiro momento os produtores brasileiros sentirão o impacto.
O professor garante, no entanto, que esse impacto será passageiro, porque, ao redirecionar suas vendas para a China, os Estados Unidos deixarão de atender a vários países compradores e o Brasil vai suprir essa lacuna.
É bom lembrar que a liderança brasileira nesse mercado é recente. O País lidera as exportações mundiais de soja com 43% das vendas externas. Os Estados Unidos perderam a hegemonia e caíram para o segundo lugar, com 40% do mercado.
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