Evolução desfavorável do indicador também teve influência de fatores internos como reforma tributária e dúvidas quanto ao ritmo de crescimento da economia brasileira.
O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,7 pontos entre agosto e setembro, para 116,9 pontos, mantendo-se elevado em termos históricos.
De acordo com Aloisio Campelo Jr, superintendente de estatísticas públicas da FGV IBRE, assim como no mês passado, a alta do indicador em setembro foi motivada majoritariamente por questões externas como a tensão comercial entre EUA e China e a possibilidade de uma desaceleração mais forte da economia mundial em 2020.
“Mas fatores internos também contribuíram para a evolução desfavorável do indicador, com destaque para temas como a reforma tributária e dúvidas quanto ao ritmo de crescimento da economia brasileira“, afirma Aloisio Campelo Jr.
Em setembro, os dois componentes do indicador evoluíram. O componente de mídia (baseado na frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online), com maior peso, subiu 1,5 ponto, para 115,9 pontos, contribuindo em 1,4 ponto para o resultado agregado.
O componente de expectativa (construído a partir da média dos coeficientes de variação das previsões dos analistas econômicos, reportados na pesquisa Focus do Banco Central), após acumular uma queda de 22,8 pontos em agosto e setembro, registrou alta de 5,8 pontos, para 113,7 pontos, contribuindo com 1,3 ponto para o comportamento final do indicador.
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