Em entrevista à CNN Brasil, José Roberto Mendonça de Barros explicou cenário econômico atual
O Brasil deve registrar um crescimento maior do que as projeções indicavam no início deste ano, segundo a avaliação do economista e sócio da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, em entrevista à CNN neste domingo (28).
“Vai ser um crescimento um pouco melhor do que se imaginava no começo do ano. As projeções atuais dizem que o PIB este ano deve crescer algo como 2%. Antigamente se esperava menos do que isso”, explicou.
Em julho, a arrecadação federal bateu um recorde mensal, chegando a R$ 202,588 bilhões entre recolhimento de impostos e contribuições — o melhor resultado para toda a série histórica do mês, iniciada em 1995.
“Dentro desse conjunto, o desempenho do agronegócio é bastante positivo, tanto em quantidade produzida, quanto preços, quanto receita de exportações recordes. E isso ajuda, direta e indiretamente, a arrecadação”, avaliou Mendonça de Barros.
O economista ressaltou, no entanto, que as perspectivas não são otimistas para o próximo ano. Dentre os motivos que afetarão negativamente a situação econômica global está a invasão da Ucrânia pela Rússia; a alta da inflação e as condições climáticas extremas, principalmente, no hemisfério Norte, que tem prejudicado países da Europa e os Estados Unidos, além da China.
No Brasil, o Mendonça de Barros explica que há “uma herança para o ano que vem de gastos extras que foram sendo autorizados no Congresso — que estouraram o teto, que criaram outras despesas — que vai exceder os 200 bilhões de reais e que não tem contraparte. Portanto, o cenário para o ano que vem é de déficit, de falta de recursos”.
Veja a entrevista na íntegra:
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